segunda-feira, janeiro 19, 2009

Fragilidade do pacto

Quando não há possibilidade de um acordo entre duas partes em conflito a lógica nos diz que "não há acordo". Conclusão simples e lógica. Dessa forma pode ser entendida a "lógica" desse acordo entre Israel e o Hamas. O fechado foi mais um "desacordo", ou seja um acordo inexistente ou impossível, feito só para não ser cumprido, para não durar.

O desacordo só foi firmado porque Israel entende que já infligiu severas perdas ao grupo terrorista e, de sua parte, os terroristas do Hamas ficaram sem os seus foguetes artesanais para jogar nos judeus. Ou seja, basta que os terroristas se rearmem para que o conflito continue. Não houve interrupção no confronto mas apenas uma pausa momentânea.

Pouco resta aos judeus, talvez só esperar pelos próximos foguetes para dar a sua resposta que, por sua vez, provocará uma resposta da mídia mundial e... Uma outra alternativa seria começar a construir foguetes artesanais, juntar pedras e contratar e treinar homens bombas. O novo conflito será desigual como desiguais são os lados envolvidos na questão.

Como se pretender um acordo em lados tão desiguais, sejam nos recursos, seja na ideologia? Como os judeus podem atender as pretensões palestinas? Talvez, para atender aos anseios do Hamas, com a formação de esquadrões suicidas que, aos poucos, vão se matando até a completa extinção de Israel. Desculpem pelas piadas com assunto tão sério...

terça-feira, outubro 28, 2008

10 Coisas que as pessoas fingem gostar

10 Coisas para se fingir (já que a maioria das pessoas fingem que gostam):

1. Música clássica. Se há uma indústria que definitivamente vive da culpa alheia é a indústria fonográfica musical clássica. Quem não tem em casa "aqueles cd's" já mofados dos maiores clássicos de todos os tempos? Mas não se culpe, você faz parte do grupo que abrange 99% da população, dos que não entendem, não gostam, mas fingem gostar de música clássica. Ah! Você gosta dos "clássicos populares"? Eu também, mas isso não conta...

2. Seguindo a linha do número 1, temos os chamados "cult movies", os filmes que ninguém viu, entendeu ou gostou, mas que estão em todas as listas dos top 10. Quanto mais bizarra a temática, quanto mais estúpida a edição, enfim quanto mais confuso melhor!

3. Arte moderna, pinturas abstratas, esculturas, lixo de toda espécie e etc, aquelas coisas que 999 em 1000 pessoas afirmam que não passa de "um rato morto seco, duro, podre e fedendo", enquanto as pessoas cultas dizem que se trata da mais refinada obra-prima de arte.

4. Bar muquirana de subúrbio. É chique gostar desses ambientes rústicos e frequentados por uma freguesia (cacófato?) que "atinge as mais diversas classes do segmento social do país". Sei...

5. Empregos que não passam de um "update do antigo trabalho escravo". Sob o rótulo de "grande oportunidade para estagiários de futuro", jovens profissionais são recrutados e explorados por velhos profissionais com o argumento de que poderão, um dia, tornar-se velhos profissionais que explorarão jovens profissionais sob o argumento... Bem, na verdade são "empregos" em que você paga para tirar fotocópias.

6. Formaturas. Precisa explicar?

7. Batizados, crismas, casamentos, funerais e todas os compromissos que não passam de "obrigações sociais" (principalmente quando o convite não vem acompanhado do indefectível cartãozinho que diz: "Depois da cerimônia - que é a parte chata a ser evitada! - os convidados serão recebidos...)

8. Apresentação dos mais variados espetáculos(?) organizados por escolinhas e creches para os pequerruchos (teatrinhos infantis e outras pantominas do gênero). Tá bem! Eu também acho eles umas gracinhas!

9. Chás de qualquer espécie.

10. Listas de 10, 50, 100 ou mais mais...

sexta-feira, março 14, 2008

O herói acidental

O jornal britânico The Guardian publicou suplemento analisando o governo de Luiz Inácio L. da Silva na presidência do Brasil. O jornal indaga se o sucesso de da Silva se deve à sua competente atuação ou às bases plantadas por governos anteriores, ou ainda a uma combinação com um período próspero da economia mundial pela valorização das commodities exportadas pelo país.

Da Silva se considera um governante de sorte - com o que responde em parte o questionamento levantado pelo jornal -, talvez por reconhecer a incapacidade de alcançar esses resultados pela sua competência(?) ou formação. A verdade é que a situação está melhor para os ricos - que ficaram mais ricos - e para os pobres - que ficaram menos miseráveis. Na outra ponta, a classe média está cada vez mais pobre, pagando cada vez mais impostos por cadas vez menos serviços.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Sabedoria

Você já deve ter ouvido o discurso de que o estado não passa de um ente atrasado, um verdadeiro empecilho para o bom funcionamento das sociedades, o discurso do estado mínimo. a contrário senso, a iniciativa privada costuma se arvorar douta e capaz de solucionar todos os problemas da mdernidade.

Por esse motivo, acho estranho escutar da boca dos defensores dessas idéias capitalistas, a necessidade de intervenção do estado na economia em tempos de crise nas bolsas de valores, em tempo de crise nas economias nacionais.

Nessas horas o velho e atrasado estado é chamado a intervir para salvar a modernidade, o dinheiro público em socorro do capital privado, os bancos centrais socorrendo as economias. Resta o que nos ensina a sabedoria: nem tanto ao mar, nem tanto a terra, o bom-senso reside no meio termo.

segunda-feira, abril 02, 2007

Crime e Castigo

Embora o título possa sugerir, não vou tratar da grande novela de Dostoiewsky, mas da equação que existe entre essas duas variáveis. Não ligue para a balela de todos os ólogos que voce ouvir por aí, a segurança pública se efetiva quando para qualquer crime a certeza do castigo é inevitável e seguro.

Embora não importe tanto o tipo de castigo, a pena a ser imposta ao crime cometido, mais importante é que o infrator saiba que será punido pela infringência da lei. Causas que levam, podem levar ou que levaram ao cometimento do delito são de menor importância.

Essa relação: para cada crime cometido - um autor descoberto - uma pena aplicada, é uma relação régia que não deve ser quebrada em hipótese nenhuma. Não acredite que os homens cumprem as leis porque são educados ou tem consciência de que isso é um erro. Eles não cometem os crimes quando sabem que o crime não compensa.

Enquanto isso não for aplicado, vamos estar falando em sexo dos anjos...

domingo, fevereiro 25, 2007

Policiando-me!

Hoje é a noite da cerimônia de entrega dos prêmios Oscar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Conferindo o rol dos concorrentes à estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, meu primeiro impulso é reclamar ao constatar a ausência de um filme brasileiro entre os filmes pré-classificados.

Contenho-me! Entre duas centenas de países no mundo, só quatro ou cinco dividirão a honra de ter um filme a representá-los logo mais na festa de entrega do prêmio, no teatro Kodak de Hollywood. Um privilégio para poucos, se estar entre os concorrentes é meritório, não estar dentre eles não é um demérito.

Mania de brasileiro! Achar que sempre tem de estar entre os que lutam para ser o primeiro em alguma coisa, em qualquer coisa. Não que façamos por merecer, mas isso não parece interessar as nossas consciências, lutamos por lutar, como quem luta por um direito divino.

domingo, novembro 19, 2006

Leis de Mercado

Vivemos num regime capitalista. Vivemos? Um das leis de mercado do capitalismo é que quando há escassez de um produto, o seu preço sobe; a outra face da moeda afirma que quando há excesso do produto, o preço cai. Lembram do inicio do ano, quando o preço do álcool quase empatou com o preço da gasolina? Naquela ocasião valia a lei de mercado, havia escassez do produto, portanto o preço disparou.

Agora, no final do ano, há um excesso de produção de álcool, chegou a hora dos preços cairem, a outra face da moeda! Ledo engano! As chamadas leis de mercado só funcionam aqui para prejudicarem o consumidor. O governo resolveu o problema dos unsineiros de álcool, vai aumentar o percentual da adição de álcool na gasolina. Com isso o excesso de produção é consumido e os preços mantidos.

Mesmo não sendo um caso do momento, quem não se lembra do famoso "risco sistêmico"? Aqui no Brasil quando as empresas dão lucros, esse lucro pertencem aos donos, aos acionistas. Quando dão prejuízo quem paga a conta é o povo, através de recursos do governo. Sem falar nos juros de paizão do BNDES.

Quem sabe um dia nós passamos a ser um estado verdadeiramente capitalista.