sábado, dezembro 31, 2005

Efeitos do Amar

Efeitos do Amar
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Ame que amar mantém
A juventude de tudo
Ame que amar contém
A plenitude de tudo
Ame que amar detém
A inveja como escudo
Ame que amar alguém
Alimenta tua alma
Ame que amar também
Alivia a dor no mundo
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Domrs* - 31.12.2005
*Ronaldo R. de Souza

Um feliz 2006 para todos!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Eternamente

Eternamente
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Quão pouco de ti eu sei
E tudo que eu sei direi
Amei sem te ver, pensei
Gostar do que li e ouvi

Tu fostes o tudo e nada
De algo que eu nunca vi
Pode falar em ir embora
Quem nunca esteve aqui?

Pra poder perder alguém
Eu preciso ter, meu bem
Como eu posso te perder
Se tu não fostes minha?

Guardarei da tua imagem
A que fiz de ti risonha
E ficarás comigo sempre
A viver feliz em sonhos
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Domrs* - © 2005
* Ronaldo R. Souza

domingo, dezembro 18, 2005

Sermão

Sermão
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Minhas mãos vazias
As tuas mãos cheias
Minhas mãos carentes
Tuas mãos descrentes
Minhas mãos prostradas
Minhas mãos pedintes
Minhas mãos pousadas
Minhas mãos atadas
Minhas mãos
As mãos
Só mãos
A mão
Sermão
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Domrs* - 2005

* - Ronaldo Renato de Souza

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Teatro para o povo

Toda a cultura é boa, sempre é bem vinda, melhor ainda quando são iniciativas como essa da Secretaria Municipal das Culturas do Rio de Janeiro, com teatro sendo oferecido no projeto Domingo é Dia de Teatro com ingresso a apenas um real.
Uma pena que o próximo domingo é a última edição, mas ainda há a chance de assistir o musical Lado a Lado, no Teatro Glória; Fios Desencapados, no Espaço Cultural Sérgio Porto; Tudo é Permitido, no Teatro Ziembinski; 5 X Rodrigues & Rodrigues, no Teatro Carlos Gomes; Fazendo Ana Paz, no Teatro Maria Clara Machado; e As Robertas – Loucas pelo Rei, no Teatro Café Pequeno.
Para o público infantil as opções são Quixote no Teatro Ziembinski; Pixinguina, A Loja de Instrumentos, Infância e Viagem ao Centro da Terra, no Teatro do Jockey.
Isso corrobora o que eu sempre falo dessas leis de incentivo à cultura, não adianta patrocinar espetáculos com dinheiro público - isto é, do povo - para depois vender entrada a duzentos reais. O povo financia e os ricos usufruem, qual é a graça disso?

domingo, dezembro 11, 2005

Desmatamento II

Complementando o post do dia 5 próximo passado, aí está a fotografia com a imagem do desmatamento. Pelo que dá para se observar pela fotografia, as minhas suspeitas são muito mais do que suspeitas. Ainda há os pedaços das árvores cortadas espalhados pelo chão, prova inconteste de que alguém anda cortando realmente as árvores. A foto é pequena e não é de boa qualidade, mas mesmo assim dá para se ter uma visão relativa do local e fazer uma idéia do que eu estou falando.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

John Lennon - O legado

A vida de ídolo tem esse inconveniente, a quase impossibilidade de se separar o artista do indivíduo, do cidadão ou da cidadã, essa mixórdia que os ditos "fãs" fazem com seus ídolos, endeusando-os, por um lado, e alimentando uma irrealidade, um sonho absurdo pelo outro.

O legado desse cara misturou estas duas coisas, um mundo de sonhos - quando idealizou um mundo só de paz e de amor - e uma vida pessoal totalmente "mixada" com a sua vida artística. Nesse caso, muito dessa mistura se deve não só ao comportamento dos fãs, mas também ao comportamento do artista.

Estou falando, é claro, de John Lennon a quem na data hoje, 8 de dezembro, o mundo recorda dos 25 anos do seu assassinato, em Nova Iorque, na frente do edifício onde morava pelo fã Mark David Chapman.

Desempenhou um papel importante nessa história toda Yoko Ono, a hoje viúva de John, que aos 72 anos zela pelo legado do artísta. Na época, quando John estava no auge da sua carreira solo, após a separação dos Beatles - que Yoko seria um dos motivos -, Yoko não se comportava como os fãs do ídolo esperavam.

O mais comum nestes casos é que a companheira ou companheiro do ídolo, assuma uma posição mais discreta para não interferir na carreira do artista. Não foi o que Yoko Ono fez, assumiu uma postura ativa e passou a comandar a carreira de John, tornando-se uma espécie de agente e porta-voz.

Mas hoje tudo isso é história, só restaram as gravações, a obra do artísta e a saudade do fãs...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Desmatamento

Moro no meu endereço atual há 24 anos, ou seja, praticamente a minha vida toda. Cheguei aqui com pouco mais de um ano e acompanhei o desenvolvimento desse bairro. Zona leste de Porto Alegre, de classe média baixa, vi muitas novas ruas serem abertas, novos loteamentos, nessa expansão da cidade, que vai extendo seus braços do centro para a periferia.
Na região que dá fundos para o terreno onde está situada a minha casa - onde até há bem pouco tempo só havia mato e campo - atualmente um loteamento abriu e asfaltou novas ruas. Dentro da disposição dos lotes a Prefeitura Municipal obrigou o loteador a respeitar duas formações compactas de árvores - matos - cada um deles com cerca de cento e poucas árvores, com espécies nativas, onde agora existem praças.
Há algum tempo venho observando que as árvores de uma das formações começaram a morrer inexplicavelmente; creio que não resta mais de um terço da quantidade original das espécies nativas. A "causa mortis" é previsível: "especulação imobiliária". Alguém deve ter orientado o loteador a ir exterminando a formação de árvores gradualmente, para depois solicitar, quem sabe, um novo exame e liberação da área.
É preciso que eu diga que não tenho a menor prova de que isso esteja realmente ocorrendo, mas não vejo outro motivo, outra explicação lógica para o que está ocorrendo. Espero honestamente que não seja isso, pelo absurdo, mas vou continuar acompanhando e, se for o caso, denunciar o ocorrido às autoridades.

sábado, dezembro 03, 2005

Geração de Passagem

É comum encontrar nessa nossa geração o filho ou a filha separada - muitas vezes já de um segundo ou terceiro matrimônio -, cujos país são - ou foram - casados por mais de trinta anos. É bom enfatizar: nessa nossa geração, provavelmente a última geração dos casamentos de vida longa, de longa duração.

O que hoje, aos poucos vai se tornando uma exceção, em poucos anos se tornará uma raridade - ou uma excentricidade? A familia mais e mais se transforma num grupo de passagem, focada no cumprimento de alguns objetivos momentâneos e destinada a ter um fim mais ou menos rápido. Alguns dos seus requisitos: gerar a prole, transformar-se ou evolver-se para a formação de novos subgrupos ou grupos com outros objetivos.

Embora as pessoas ainda professem juras de eterno amor, consciente ou inconscientemente, já sabem que o relacionamento vem com prazo de validade. As conseqüências disso na formação das pessoas, ou da sociedade, são ainda desconhecidas. Dentro dessa nova regra do jogo pouco há a fazer, mais, talvez, a descobrir, como forma de se adaptar e conviver da melhor forma possível com essa nova realidade.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Os Moluscos e os Presidentes

As lulas são moluscos marinhos da classe Cephalopoda, subclasse Coleoidea, ordem Teuthida, que inclui duas subordens, Myopsina e Oegopsina. Como todos os cefalópodes, caracterizam-se por possuírem cabeça distinta, simetria bilateral e tentáculos com ventosas. Assim como o choco, a lula tem dez tentáculos, dos quais dois se destacam. As lulas têm cromatóforos na sua pele e a capacidade de expelir tinta como resposta a uma ameaça. Sendo coleóides, têm um endoesqueleto que na lula é uma placa única. As lulas movem-se com a ajuda de um sifão capaz de expelir água sob pressão. Na boca, as lulas apresentam a rádula quitinosa que lhes permite triturar alimentos e que é a característica comum a todos os moluscos. As lulas respiram por duas guelras e têm um sistema circulatório bombeado por um coração principal e dois subsidiários. São animais exclusivamente carnívoros, alimentando-se de peixes e outros vertebrados, que capturam através dos tentáculos.
A lula é uma comida popular em muitas partes de mundo e parte integrante de muitas gastronomias regionais incluíndo a Portuguesa e a Brasileira. Na Espanha os calamares são uma receita feita de lulas fritas em rodelas.
Preferencialmente, evite misturar moluscos com presidentes, paises que se prezam não podem ter moluscos na presidência, isso, está provado, definitivamente não funciona, não dá certo.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Blogs Órfãos

Uma amiga dizia: acho que tens mais de 50 blogs, não é? Não sei ao certo, mas acho que não chegam a tantos assim. Uma hora vou tentar "reunir toda a tropa", para ver se consigo descobrir o número exato. A verdade é que, independente de quantos sejam eles, do número deles, qualquer que seja este número, será muito! Serão blogs demais! A culpa é só minha, de ter "olho grande", é claro.

Quer dizer, nem em todos eu sou o único culpado, por exemplo, neste aqui, o Diga, quem começou foi a minha filha; depois ele foi cruelmente abandonado, e deixado sem pai nem mãe, largado para morrer num canto. Pronto! Fiquei penalizado, logo um blog com um nome tão bonitinho e sugestivo, "Diga", pronto! O mal (ou o bem?) estava feito, adotei o blog órfão, e mais um...

O problema não é outro senão arrumar assunto para tanto espaço disponível! Normalmente o problema é o contrário, não é mesmo? Pois o meu é esse mesmo, excesso de espaço. Haja realidade, e haja ficção, e haja histórias, e haja criatividade para tantas páginas.

sábado, novembro 19, 2005

Escapismo de Sobrevivência

Meus amigos sempre comentam comigo (mas não se atrevem a colocar no papel e assinar embaixo!): O que você quer com um blog com assuntos "ppp": polêmicos, políticos e pesados! Quando tudo o que a comunidade (blogueira) quer são outros quinhentos (ou outros assuntos com outros tipos de pês? Assuntos pequenos, populares e planos). Isso é mais ou menos óbvio, quem não gosta de diversão? A maioria prefere, sim!, e prefere diversão do tipo pastelão pra não ter que ficar gastando neurônio na hora de decifrar a piada.

Acho que não é bem assim, pelo menos não se pode generalizar sob pena de cometer injustiças. É claro que a maioria tende a gostar mais dos assuntos ditos populares; isso não é exclusividade dos blogs, vale para quase qualquer coisa. Confesso que sempre tive minhas dúvidas em relação as propaladas benécies do conhecimento. Não me entenda mal, não sou um defensor da ignorância, mas lembro das palavras de Otto von Bismarck (1815-1898, estadista alemão) que disse: "Se a população soubesse como são feitas as leis e as salsichas, ninguém mais dormiria sossegado".

Não valeria este mesmo princípio para a nossa política, a economia, as coisas do País em geral? As vezes penso que é bem melhor ser um néscio. Se você começar a entender como as coisas funcionam, acabará por perder a paz, a alegria de viver aqui. É melhor continuar voando e comendo salsichas na santa paz. Por isso acho que não estão errados os milhões de brasileiros que se preocupam muito com o seu time no campeonato ou a trama da novela.

São formas de escapismo, mas como condenar com tantas mazelas no dia-a-dia?